Last Updated on 17 de março de 2023 by
CINESESC GLÓRIA E A MOSTRA ALDEIA SESC ILHA DO MEL
Durante a 10ª Mostra Aldeia Sesc Ilha do Mel 2018, o CineSesc Glória terá uma programação especial e exibirá 22 curtas-metragens produzidos no Espírito Santo. A proposta é apresentar ao público um breve panorama da produção audiovisual realizada no estado nos últimos 13 anos.
Entre documentários, ficções e linguagem experimental visitaremos parte do imaginário cultural capixaba, patrimônios ecológicos, desastres ambientais, questões existenciais diante de imagens potentes.
Histórias apresentadas em narrativas ricas, inventivas e surpreendentes.
Importante momento para acesso do público à produção audiovisual realizada em nosso estado.
Todas as sessões abaixo neste período terão entrada franca.
*PROGRAMA 1 I Duração: 68`
Em cartaz: 17 e 23/05 das 18h às 19h
– ALÉM DO MAR QUE HÁ ENTRE LÁ E CÁ, de Matheus Costa, Henrique Gaudio, Heitor Riguette, Raphael Brun, Maíra Tristão. Documentário, 22’, Vitória (ES), 2009, Livre. Nadando contra a corrente, a catraia constitui-se num dos mais antigos meios de transporte entre a capital e a cidade de Vila Velha. Em plena ‘cultura do automóvel’, surpreende que existam pessoas que preferem “o remo à roda”. No entanto, é isso que percebemos quando olhamos de perto os pequenos barcos que insistem em cruzar a abarrotada baía do centro. Símbolos de “tempos que não voltam mais”, os Catraieiros testemunham que a história não consiste apenas do passado, mas se situa e se escreve no presente.
– CALADO, de Lívia Gegenheimer. Documentário, Vitória (ES), 2014, Livre. Grave e penetrante se incorpora à paisagem. O corpo estranho e majestoso em meio à metrópole. Calado é a profundidade que um navio imerge em água. Que imerge em nós.
– PERTO DA MINHA CASA, de Carol Covre. Documentário, Vila Velha (ES), 16′, 2013, Livre.
Em meio à uniformidade dos centros urbanos, encontramos pequenos pontos de resistência a esta forma.
– CAVALO DE FERRO, de Gui Castor. Documentário, Vitória (ES), 16′, 2015, Livre. O que você faria se esta fosse sua última viagem?
*PROGRAMA 2 I DURAÇÃO: 63`
Em cartaz: 18/05, das 19h30 às 20h30
– ILHADOS, de Lucas Bonini. Documentário, Vila Velha/Vitória (ES), 15`, 2015, Livre. Concluída em 1989, a terceira ponte é um marco da construção civil capixaba. Sob seu pilar central existe uma casa habitada por um pescador.
– UMA, de Alexandre Barcelos. Experimental, Vitória (ES), 15′, 2011, Livre. O filme foi construído tomando como base o conceito de sincronicidade de Carl Gustav Jung, com cenas que sugerem elementos que se repetem em diversos lugares, ou simplesmente se conectam por semelhança de padrões, e assim compõem uma unidade conjunta de informações visuais. Assim, o filme sustenta uma ideia de unidade universal, de um todo comum, da Terra como organismo vivo, e nós como parte fundamental dessa jornada coletiva de ações, por meio de imagens que se relacionam visualmente durante todo o curta.
– ILHAS CAYMAN, de Gabriel Perrone. Ficção, Vitória (ES), 15´, 2011, 12 anos. Motorista de taxi leva um passageiro que não sabe dizer o endereço do seu destino, mas ao dar as orientações pelo caminho, o taxista descobre estar indo para sua própria casa. Momentos críticos na vida de um homem podem ser a base para grandes mudanças.
– NO PRINCÍPIO ERA O VERBO, de Virgínia Jorge. Ficção, Vitória (ES), 18′, 2006. Livre. É uma fábula composta de três estórias que se fundem num vai e vem lírico e bem humorado, procurando refletir sobre o conceito de verdade e nossa busca pelas explicações de fenômenos cotidianos.
*PROGRAMA 3 I DURAÇÃO: 54”
Em cartaz: 19/05, das 18h às 19h
– DINOSSAUROS, de Eduardo Madeira. Ficção, Vitória (ES), 18′, 2015, Livre. Lis quer se tornar um dinossauro.
– CONFINÓPOLIS – A TERRA DOS SEM-CHAVE, de Raphael Araújo. Ficção, ES/Vila Velha (ES), 16’17”, 2012. 14 anos. Confinópolis um lugar onde o totalitarismo reina e as pessoas são trancadas em seus próprios corpos. Contada em preto e branco, sem floreios ou discursos amistosos. Nesse cenário um sujeito sem nome começa a agir contra o patrulhamento imposto pelo totalitário Fechadura Hernandez, em suas buscas ele descobre que pode mudar a realidade do aprisionamento em Confinópolis.
– REPOLHO, de Alexander Buck. Experimental, ES/Vitória(ES), 8’06”, 2015. 16 anos. Na gélida atmosfera da manutenção da vida humana, o repolho desperta para a consciência de si mesmo, um ser inerte, ceifado para ser armazenado como alimento, percebendo cada manifestação de sua forma nos múltiplos lugares onde o mundo exterior se desintegra.
– MANADA, de Luiza Lubiana. Ficção, Vitória (ES), 12´, 2005. Livre. Moça acorda desmemoriada. Ouve tambores. Corre até o som e encontra uma tribo de caçadoras de búfalos, e junto à tribo encontra o amor.
*PROGRAMA 4 I DURAÇÃO: 65’
Em cartaz: 20/05, das 18h às 19h
– MELODIÁRIO SOBRE A OBRA DE JACEGUAY LINS, de Marcos Valério Guimarães. Documentário, ES/Vitória, 25’, 2015. Livre. Ensaio sobre a obra musical, cinematográfica e poética do Maestro, poeta, montador e trilheiro de cinema Jaceguay Lins. Artista da vanguarda musical brasileira na década de 1970, Lins fez trilhas e músicas para grandes nomes do cinema brasileiro. Na década de 1980 veio reger a Orquestra Filarmônica do ES e passou a desenvolver pesquisas sobre a cultura popular, agregando a expressão folclórica às suas composições. Fez também inúmeras trilhas para o cinema capixaba. Melodiário, seu trabalho derradeiro em disco, que sintetiza essa pesquisa, é o lugar de trabalho deste filme.
– ILHADOS, Lucas Bonini. Documentário, Vitória/Vila Velha (ES), 15′, 2013, Livre. Concluída em 1989, a terceira ponte é um marco da construção civil capixaba. Sob seu pilar central existe uma casa habitada por um pescador.
– MILAGRE, de Luiza Lubiana. Ficção, Vitória (ES), 15’, 2005. 12 anos. Uma tribo de ciganos aloja-se na fazenda de um italiano. A filha do fazendeiro preconceituoso, apaixona-se por um dos ciganos. O pai mata o cigano e a filha se junta à tribo e roga a deus um milagre que lhe é concedido.
– A FANTÁSTICA VIDA DE BAFFUS BAGUS BAGARIUS, de Alexander Buck. Experimental, ES/Vitória (ES), 13’37”, 2012. Livre. Exilado de seu mundo, Baffus Bagus Bagarius vaga pelas ruas da cidade até encontrar na publicidade a única forma de manter sua existência. Este é o seu desabafo. Um embate entre o racional e o imaginário.
*PROGRAMA 5 I DURAÇÃO: 73 `
Em cartaz: 22/05, das 17h às 18h
– PÁSSARO DE PAPEL, de Léo Alves. Ficção, Muqui (ES), 20′, 2014. Livre. Um fotógrafo passa por um momento reflexivo e busca em si lembranças do passado, decidindo voltar momentaneamente ao antigo vilarejo onde morava com o pai. Lá, além de recordações de momentos que ainda parecem vivos e latentes, ele captará imagens de pessoas comuns do lugar que, aos poucos, passam a fazer parte de sua memória fotográfica. A partir das imagens, as pessoas são “conduzidas” para um quarto obscuro, um universo que desconhecem, uma gaiola invisível que condiciona a imagem e a mobilidade humana. Quem somos e para onde vamos através das fotografias?
– A COR DO FOGO E A COR DA CINZA, de André Felix. Documentário, ES/Vitória, 25’19”, 2014. 10 anos. Wagner vive na favela e desde os 7 anos de idade é proprietário da Rede Metror, um canal de televisão feito de papel e lápis de cor. Após 11 anos e mais de 70 novelas transmitidas, Wagner dirige pela primeira vez atrizes reais.
– ALI, NA COSTA PEREIRA, Matheus Costa, Henrique Gaudio, Ana Paula Gonçalves, Heitor Riguette. Documentário, ES/Vitória, 28′, 2011, Livre. O filme aborda a questão do uso do espaço público e os diferentes investimentos afetivos e simbólicos que a ele se direcionam. Trata mais especificamente de uma praça localizada na região central da capital Vitória. O que nos interessa é saber: o que pode um espaço?