Sesc Espiríto Santo

Gravuras do Mundo em Crise: Imprimindo Justiça

No Centro Cultural Sesc Glória, a arte é compreendida como uma experiência de encontro e reflexão. A exposição internacional “Gravuras do Mundo em Crise: Imprimindo Justiça”, realizada através do Projeto Arte Sesc, chega ao Espírito Santo como desdobramento do International Print Exchange Programme (IPEP Índia) — iniciativa que, há mais de uma década, conecta artistas de diferentes contextos em torno da gravura como linguagem de diálogo e transformação social. Idealizado na Índia, o projeto já percorreu diversos países e, nesta edição, soma-se a 18 obras de artistas locais, ampliando o alcance dessa rede global.

Realizada pelo Sesc Espírito Santo, a exposição reforça o compromisso institucional com a democratização do acesso à cultura. Ser parceiro de um projeto de tal relevância significa não apenas aproximar continentes, mas também consolidar o Espírito Santo como parte ativa no circuito artístico internacional. Assim, o Centro Cultural Sesc Glória, por meio do Projeto Arte Sesc, reafirma sua missão de ser um espaço vivo de cultura, capaz de gerar experiências estéticas, educativas e críticas, fortalecendo o circuito artístico capixaba e conectando-o ao mundo.

Idalberto Luiz Moro
Presidente do Conselho Regional Fecomércio/ES

Prints of a World in Crisis: Printing Justice

At Centro Cultural Sesc Glória, art is understood as an experience of encounter and reflection. The international exhibition “Prints of a World in Crisis: Printing Justice”, presented through the Arte Sesc Project, arrives in Espírito Santo as an extension of the International Print Exchange Programme (IPEP India) — an initiative that, for over a decade, has connected artists from diverse contexts around printmaking as a language of dialogue and social transformation. Conceived in India, the project has traveled through several countries and, in this edition, is joined by 18 works from local artists, expanding the reach of this global network.

Organized by Sesc Espírito Santo, the exhibition reinforces the institution’s commitment to democratizing access to culture. Being a partner in a project of such relevance means not only bringing continents closer together but also establishing Espírito Santo as an active part of the international artistic circuit. Thus, Centro Cultural Sesc Glória, through the Arte Sesc Project, reaffirms its mission to be a living cultural space — one capable of generating aesthetic, educational, and critical experiences, strengthening the Capixaba art scene and connecting it to the world.

Idalberto Luiz Moro
President of the Regional Council, Fecomércio/ES

Ecos da Troca

No IPEP Índia, acreditamos no poder da arte como forma de diálogo — uma ponte que conecta artistas entre culturas, línguas e fronteiras. O que começou como uma iniciativa de uma pequena comunidade de gravadores evoluiu para uma vibrante rede global, com mais de 115 exposições ao redor do mundo e 375 participantes. Trata-se de um ecossistema onde a arte não se limita às paredes; ela viaja, troca de mãos e encontra novos significados — e faz tudo isso sem as amarras das transações financeiras. Este é o espírito de troca que alimenta o IPEP Índia: um programa de artistas para artistas, fundamentado na ideia de que o verdadeiro valor nasce das experiências compartilhadas, e não do intercâmbio monetário.

Para a nossa 11ª edição, queríamos dar uma nova dimensão à nossa missão, o que nos levou ao tema “Imprinting Justice” (Imprimindo Justiça), curado por Saad Ghosn, artista e curador libanês-americano reconhecido por sua sensibilidade às questões sociopolíticas globais. A proposta foi explorar o significado de justiça no mundo contemporâneo. Justiça, nesse contexto, não se limita à lei e à ordem — ela abrange equidade, empatia e a luta contra a marginalização. Saad provoca os participantes a refletirem criticamente sobre o papel do artista como agente social e a utilizarem suas obras como lentes para compreender melhor as complexidades da justiça.

O IPEP Índia 2024 é mais do que uma coleção de gravuras; é um convite para testemunhar a arte como força de transformação. Cada obra é uma narrativa, uma pergunta, um vislumbre do mundo do artista. Representa uma jornada — não apenas em quilômetros percorridos, mas em ideias trocadas e vidas tocadas. Por meio dessa iniciativa, continuamos a reafirmar que a arte não se limita a fronteiras físicas — ela é universal, unificadora e resiliente. Aqui, a arte é a voz dos que não têm voz, um clamor por justiça e uma ponte que nos conecta a todos.
Obrigado por se juntar a nós nesta jornada notável.
Esperamos que você encontre aqui inspiração, conexão e sentido.

Rajesh Pullarwar
Artista e Gravador
Fundador e diretor, IPEP Índia

Echoes of Exchange

At IPEP India, we believe in the power of art as a form of dialogue—a bridge connecting artists across cultures, languages, and borders. What began as an initiative driven by a small community of printmakers has evolved into a vibrant, global network, with over 115 exhibitions worldwide and 375 participants. It’s an ecosystem where art doesn’t merely reside on walls; it travels, it exchanges hands, it finds new meanings – and it does so without the bounds of financial transactions. This is the spirit of barter that fuels IPEP India: a program for artists, by artists, grounded in the idea that true value comes from shared experiences, not monetary exchange.

For our 11th edition, we wanted to bring a new layer of depth to our mission, which led us to the theme Imprinting Justice, curated by Saad Ghosn, a Lebanese-American curator with a keen insight into global socio-political issues. The idea was to explore what justice means in today’s world. Justice, in this context, isn’t merely about law and order – it’s about equity, empathy, and the fight against marginalisation. Saad challenges participants to think critically about an artist’s role as a social advocate and to use their work as a lens through which we might better understand the complexities of justice.

IPEP India 2024 is more than just a collection of prints; it’s an invitation to witness art as a force for change. Each piece is a narrative, a question, an insight into the artist’s world. It represents a journey, not just in miles travelled but in ideas exchanged and lives touched. Through this initiative, we continue to prove that art is not confined by physical boundaries – it is universal, unifying, and resilient. Here, art is a voice for the voiceless, a plea for justice, and a bridge that connects us all.
Thank you for joining us on this remarkable journey.
We hope you find inspiration, connection, and meaning here.

Rajesh Pullarwar
Artista e Gravador
Fundador e diretor, IPEP Índia

Imprimindo Justiça

“A arte verdadeira é a voz do artista diante daquilo que é importante para ele e de sua contribuição para um mundo melhor.”
Para esta edição do IPEP 2024, convidamos os artistas a utilizarem suas gravuras como voz — uma expressão de reflexão sobre um tema de justiça social que lhes é caro e que desejam ver ouvido e transformado em ação.
A injustiça social é um campo vasto, pois afeta todos os aspectos da vida humana. No entanto, queremos que o tema se concentre nas questões atuais que nossas sociedades e o mundo enfrentam de maneira ampla — e não em temas estritamente pessoais, filosóficos ou existenciais, que, embora relevantes, possuem outros desdobramentos.
Entre os temas possíveis estão, mas não se limitam a: desigualdade, discriminação, pobreza, violência e guerra, abuso dos direitos humanos (de gênero, de minorias, religiosos, de liberdade etc.), refugiados e deslocados, e questões ambientais.
Permitir que cada artista participante manifeste suas próprias preocupações e perspectivas pessoais sobre a justiça social, a partir de suas experiências, busca empoderá-los — e gerar obras criativas de forte impacto. Essa diversidade de vozes resultará em uma ampla mostra de inquietações enfrentadas por nossas sociedades e por nosso mundo, trazendo também diferentes perspectivas culturais, de acordo com o país de origem de cada artista.
O título “Imprinting Justice” (Imprimindo Justiça) foi escolhido para esta edição do intercâmbio por seu duplo sentido: “Justice”, apontando para o foco das obras apresentadas; e “Imprinting”, que faz alusão não apenas ao meio da gravura como técnica de impressão, mas, mais profundamente, ao papel ativo do artista em deixar sua marca, em agir para instaurar uma mudança em direção à justiça.

Saad Ghosn
Curador, Diretor – SOS Art (EUA)
Curador, IPEP Índia 2024

Imprinting Justice

Truthful art is the voice of the artist for what is important to them and for their contributions to a better world. For this IPEP 2024 we would like to invite artists to use their print as their voice to reflect on an issue of social justice that is close to their heart and that they would like to see heard and addressed.

Social injustice is broad as it affects every aspect of our life. We would like the theme, however, to be limited to current issues that our society and world are facing at large, and not to personal philosophical and/or existential themes that may well have their own bearing on social justice. Examples of intended themes include, but are not limited to, inequality, discrimination, poverty, violence and war, abuse of human rights (gender, minorities, religious, freedom, etc.), refugees and displaced, environment.

Allowing each participating artist to add their own particular concern and personal perspective about social justice as they experience it will hopefully empower them, and lead to an impactful creative piece of art. It will also contribute to a display of a large array of concerns as faced by our society and by our world, adding at the same time different cultural perspectives to the theme according to each artist’s country of origin.
“Imprinting Justice” has been selected as the title for this Exchange: “Justice” pointing to the focus of the submitted works; and “Imprinting” alluding not only to the specific tool of printmaking being used, but also, and more importantly, to the active role of the artist in using their print for building and instauring a change toward justice.

Saad Ghosn, USA
Curator, Director – SOS Art
Curator, IPEP India 2024

Fronteiras feridas, gravuras como travessia

Mais do que a exibição de uma coleção de gravuras contemporâneas, esta exposição é um convite ao diálogo — uma oportunidade de abrir janelas para que o espectador se identifique com as angústias e desejos representados, para além das barreiras geográficas e sociopolíticas de um mundo em crise. Cada obra expressa a resposta do artista a uma sensação de injustiça difusa que atravessa a relação consigo, com o outro e com seu próprio território em trânsito.

Com mais de trinta olhares lançados sobre um tema comum, constrói-se um mosaico de denúncias que abordam as múltiplas violações de direitos humanos em seus diversos aspectos. As gravuras, produzidas com diferentes técnicas em nove países, percorrem grandes distâncias e formam um fluxo de correspondências que revela a universalidade das feridas deixadas por esses abusos — mas, sobretudo, a força da arte em impactar, questionar e articular uma comunidade global engajada em promover transformações.

Celebramos o poder de sensibilização de cada uma dessas obras, e especialmente a abertura para um debate capaz de atravessar fronteiras, línguas e culturas, que o conjunto dessas vozes e imagens nos desperta. Que, ao passar por aqui, essas discussões — simultaneamente tão íntimas e coletivas — se amplifiquem em sentidos, e que possamos continuar a reivindicar justiça.

Noemi Masters
Arte educadora

Wounded borders, prints as passage

More than the display of a collection of contemporary prints, this exhibition is an invitation to dialogue — an opportunity to open windows through which the viewer may recognize their own anxieties and desires reflected beyond the geographic and sociopolitical boundaries of a world in crisis. Each work expresses the artist’s response to a diffuse sense of injustice that permeates the relationship with oneself, with others, and with one’s own territory in transit.

With more than thirty perspectives cast upon a common theme, a mosaic of denouncements is built, addressing the multiple violations of human rights in their many forms. The prints, produced through diverse techniques across nine countries, travel great distances and form a flow of correspondences that reveals the universality of the wounds left by these abuses — but, above all, the power of art to move, to question, and to connect a global community committed to transformation.

We celebrate the power of each of these works to awaken sensitivity, and especially their openness to a dialogue capable of crossing borders, languages, and cultures — a dialogue sparked by the convergence of these voices and images. As you pass through this space, may these discussions — at once intimate and collective — expand in meaning, and may we continue to claim justice.

Noemi Masters
Art Educator

Confluências

A exposição Gravuras do Mundo em Crise: Imprimindo Justiça promove um diálogo visual e reflexivo sobre temas cruciais da contemporaneidade: as guerras, a fome, os deslocamentos forçados, as ditaduras, a violência, a crise climática… Poderíamos considerar esta mostra um relacionamento cultural mútuo entre dois continentes, nos remetendo à esperança, a resistência e à resiliência por intermédio de ações culturais coletivas em prol da paz e da justiça social, assim reforçando o compromisso da arte como instrumento de transformação. Nesta mostra, são apresentadas 36 gravuras originais produzidas por artistas de nacionalidades diversas, proporcionando ao espectador um rico panorama da gravura contemporânea.

Em sintonia com a exposição internacional, está presente um grupo de artistas locais, visando estabelecer um contraponto entre as duas mostras, assim evidenciando o pujante estágio da gravura capixaba atual. Dezoito gravadores, representados por três gerações distintas, integram a mostra, irmanados pelo amor à gravura, bem como pela resiliência para continuar produzindo.

Gravuras do Mundo em Crise: Imprimindo Justiça e Confluências apresentam um recorte do que está sendo produzido internacionalmente e no Espírito Santo, evidenciando a pujância da gravura enquanto meio expressivo no cenário contemporâneo.

Fernando Gómez Alvarez. Artista Plástico, curador e colecionador.
Professor titular de gravura na Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.
Bia Azurza Nogueira, artista plástica e linguista, revisão de textos.

Confluences

The exhibition “Engravings of the World in Crisis: Printing Justice” promotes a visual and reflective dialogue on crucial contemporary issues: wars, hunger, forced displacement, dictatorships, violence, the climate crisis… We could consider this exhibition a mutual cultural relationship between two continents, reminding us of hope, resistance, and resilience through collective cultural actions in favor of peace and social justice, thus reinforcing the commitment of art as an instrument of transformation. This exhibition features 36 original prints produced by artists of various nationalities, providing the viewer with a rich overview of contemporary printmaking.

In tune with the international exhibition, a group of local artists is present, aiming to establish a counterpoint between the two shows, thus highlighting the vigorous stage of current Espírito Santo engraving. Eighteen engravers, representing three distinct generations, are part of the exhibition, united by their love of engraving, as well as their resilience to continue producing.

Engravings of the World in Crisis: Printing Justice” and “Confluências” present a snapshot of what is being produced internationally and in Espírito Santo, highlighting the vitality of engraving as an expressive medium in the contemporary scene.

Fernando Gómez Alvarez. Visual artist, curator, and collector.
Full Professor of Printmaking at the Federal University of Espírito Santo – UFES
Bia Azurza Nogueira, visual artist and linguist, text revision.

Gravuras em exposição

IPEP

Gravuras em exposição

Confluências

Um pouco mais sobre a IPEPI/2024 – Escritores convidados

“Para a nossa 11ª edição, queríamos dar uma nova dimensão à nossa missão, o que nos levou ao tema “Imprinting Justice” (Imprimindo Justiça), curado por Saad Ghosn, artista e curador libanês-americano reconhecido por sua sensibilidade às questões sociopolíticas globais. A proposta foi explorar o significado de justiça no mundo contemporâneo. Justiça, nesse contexto, não se limita à lei e à ordem — ela abrange equidade, empatia e a luta contra a marginalização. Saad provoca os participantes a refletirem criticamente sobre o papel do artista como agente social e a utilizarem suas obras como lentes para compreender melhor as complexidades da justiça.
Para enriquecer essa exploração, temos o prazer de contar com as vozes de dois escritores ilustres, Amrit Kartar, da Índia, e Michel Cassir, da França/Líbano. Seus textos oferecem novas perspectivas sobre as obras desta edição, incentivando os espectadores a ir além do visual e mergulhar nos significados complexos de cada peça. As contribuições de Amrit e Michel elevam este portfólio a uma exploração profunda da capacidade da arte de desafiar, inspirar e provocar”.

“For our 11th edition, we wanted to bring a new layer of depth to our mission, which led us to the theme Imprinting Justice, curated by Saad Ghosn, a Lebanese-American curator with a keen insight into global socio-political issues. The idea was to explore what justice means in today’s world. Justice, in this context, isn’t merely about law and order – it’s about equity, empathy, and the fight against marginalisation. Saad challenges participants to think critically about an artist’s role as a social advocate and to use their work as a lens through which we might better understand the complexities of justice.

To enrich this exploration, we’re thrilled to have the voices of two distinguished writers, Amrit Kartar from India and Michel Cassir from France/Lebanon. Their writings offer fresh perspectives on the works in this edition, encouraging viewers to engage beyond the visual and delve into the layered meanings of each piece. Amrit and Michel’s contributions elevate this portfolio into a profound exploration of art’s capacity to challenge, inspire, and provoke though”.

Escreva dois

Amrit Kartar, Índia
Artista, Escritor
Escritor, IPEP Índia 2024

Desde os primórdios da civilização humana, as sociedades têm se debatido com noções de justiça e equidade. Os primeiros sistemas de governança introduziram formas rudimentares de lei e ordem para proteger indivíduos dentro de tribos e comunidades, lançando as bases para o que hoje entendemos por justiça. Esses primeiros códigos legais, como o Código de Hamurabi na antiga Mesopotâmia, estiveram entre as primeiras tentativas de formalizar normas sociais. Eles representaram um passo em direção ao uso da lei como estrutura para preservar a ordem social. No entanto, com o desenrolar da história, tornou-se evidente que a lei poderia servir tanto como um escudo para a humanidade quanto como uma ferramenta de opressão, uma “espada de dois gumes”, como observou Philippe Sands em East West Street, onde afronta a aptidão humana de proteger e destruir, dependendo das intenções de quem a empunha.

O legado de Hersch Zvi Lauterpacht, uma figura proeminente do direito internacional, ressalta essa dualidade. A defesa de Lauterpacht pelos direitos humanos universais e pela responsabilização durante os Julgamentos de Nuremberg tornou-se um momento crucial na evolução da justiça. Seu compromisso em responsabilizar figuras poderosas pelas atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial refletia uma profunda crença no potencial da lei para servir à humanidade, em vez de servir à tirania. A influência de Lauterpacht, em particular seus esforços para consagrar proteções para indivíduos contra crimes de genocídio e crimes contra a humanidade, tornou-se um pilar essencial na criação de estruturas modernas de direitos humanos. Isso reflete a ideia de que “a lei é uma espada de dois gumes, capaz tanto de proteger quanto de destruir, dependendo de como é usada”.

Como demonstra eloquentemente no livro East West Street, o conceito de direito como “guardião da civilização e instrumento de sua destruição final” ressoa profundamente. Essa dicotomia aponta para a fragilidade dos sistemas jurídicos que podem ser usados tanto para promover a justiça quanto para consolidar a injustiça. Como a história revela, as leis têm sido exploradas para perpetuar a opressão, marginalizando grupos com base em raça, religião e status social. Em contraste, quando exercido por indivíduos íntegros e comprometidos com a justiça — como Lauterpacht — o direito se torna uma ferramenta poderosa para o avanço dos direitos humanos e a defesa da dignidade.

Embora as estruturas jurídicas sejam cruciais para o estabelecimento da justiça, o poder da arte de imprimir justiça na sociedade é igualmente significativo. Nesse contexto, o Programa Internacional de Intercâmbio de Impressões (IPEP) desempenha um papel vital na expansão do alcance da justiça social por meio da gravura. Ao refletir sobre a missão do IPEP, a letra da música “Wake Up Everybody” (acordem todos), de Harold Melvin e “The Blue Notes” (As notas tristes), ecoa tão relevante hoje quanto em 1975: “O mundo não vai melhorar se simplesmente deixarmos acontecer, O mundo não vai melhorar, temos que mudá-lo, Só você e eu.” Agora, mais do que nunca, somos lembrados da importância de lutar contra o racismo, a brutalidade policial, a pobreza, a insegurança alimentar, as disparidades na saúde, a marginalização e outras injustiças. A busca pela justiça é tão implacável quanto vital, e como as injustiças nunca descansam, nós também não podemos.

A dedicação do IPEP em promover a justiça por meio da arte reflete o legado de Lauterpacht no direito internacional. A gravura, com sua reprodutibilidade única, permite que os artistas amplifiquem vozes e transmitam mensagens que defendem a justiça social, política e ambiental. Os artistas do IPEP abraçaram essa capacidade, abordando questões críticas como desigualdade racial, direitos de gênero, degradação ambiental e deslocamento humano. Por meio de suas gravuras intrincadas e evocativas, eles usam a arte para abordar questões globais que impactam nossa humanidade compartilhada. Seu trabalho não apenas desafia a complacência, mas também promove o diálogo, enfatizando que a arte pode servir como um potente catalisador para a mudança social.

Compreender a história, como sugere Sands, é vital para moldar um futuro mais justo. Sem aprender com o passado, corremos o risco de repetir erros e não evoluir. As experiências dolorosas da guerra e das injustiças sistêmicas iluminam as consequências do poder mal utilizado, incitando-nos a reconhecer a justiça como um processo contínuo e dinâmico. Uma citação da East West Street captura bem esse sentimento: “Justiça não é um conceito estático, mas um processo dinâmico que exige vigilância e esforço constantes”. Esse ideal se alinha intimamente com a abordagem do IPEP, já que cada impressão que criam transcende a mera expressão artística, servindo, em vez disso, como uma narrativa visual que nos compele a confrontar realidades incômodas e desafiar o status quo. Por meio de sua arte, os artistas do IPEP personificam a crença de que a justiça é uma jornada contínua, que exige dedicação e luta para defender os princípios de igualdade e responsabilidade.

Os artistas do IPEP, ao transformar experiências individuais e compartilhadas de injustiça em potentes declarações visuais, desencadeiam conversas essenciais que transcendem fronteiras e culturas. Ao fazê-lo, ecoam a observação de Martin Luther King Jr. de que “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares. Estamos presos em uma rede inescapável de mutualidade, presos em uma única vestimenta de destino”. Cada impressão dá vida às complexas interconexões de nossas lutas coletivas, incitando os espectadores a refletir sobre seus papéis na busca global por equidade e responsabilização. Seu trabalho não apenas retrata a injustiça, mas também exige responsabilização, enfatizando que a arte – assim como o direito – tem o potencial de servir como escudo e desafio.

O legado contínuo da gravura do IPEP na última década é um testemunho da excelência artística e do profundo engajamento social. Esses artistas deixaram uma marca na sociedade que perdura além do papel e da tinta, garantindo que suas mensagens ressoem na paisagem humana mais ampla. Por meio de seu comprometimento, os artistas do IPEP honram um legado de resiliência, defendendo um mundo onde a justiça seja acessível a todos. Eles nos lembram que a arte, assim como o direito, quando guiada pela integridade e compaixão, pode de fato ser uma força para o bem — um legado que nos impele a defender a dignidade inerente a todas as pessoas.

Para concluir, tanto as contribuições jurídicas de figuras como Lauterpacht quanto os esforços artísticos do IPEP revelam que a justiça não é apenas um conceito, mas uma jornada que exige a vigilância e o esforço de cada geração. Ao integrar arte e ativismo, os artistas do IPEP colocam a justiça em foco, desafiando-nos a questionar os sistemas que nos cercam. Por meio de seu trabalho duradouro, eles nos convocam a todos a nos juntarmos a eles nessa busca, deixando uma marca duradoura em nossa consciência coletiva para amplificar a urgência e a relevância do clamor por justiça, tornando Imprinting Justice um poderoso grito de guerra para a ação. Citei letras de músicas como “Wake Up Everybody”, de Harold Melvin e “The Blue Notes”, e fiz referência ao discurso de Martin Luther King…

Write up two

Amrit Kartar, India
Artist, Writer
Writer, IPEP India 2024

From the dawn of human civilization, societies have grappled with notions of justice and fairness. Early systems of governance introduced rudimentary forms of law and order to protect individuals within tribes and communities, laying the groundwork for what we now understand as justice. These early legal codes, like Hammurabi’s Code in ancient Mesopotamia, were among the first attempts to formalize societal norms. They signified a step toward using law as a framework to preserve social order. Yet, as history unfolded, it became evident that the law could serve both as a shield for humanity and as a tool of oppression, a “double-edged sword” as noted by Philippe Sands in East West Street, capable of protecting and destroying depending on the intentions of those who wield it.
The legacy of Hersch Zvi Lauterpacht, a prominent figure in international law, underscores this duality. Lauterpacht’s advocacy for universal human rights and accountability during the Nuremberg Trials became a pivotal moment in the evolution of justice. His commitment to holding powerful figures accountable for atrocities committed during World War II reflected a deep belief in the law’s potential to serve humanity rather than tyranny. Lauterpacht’s influence, particularly his efforts to enshrine protections for individuals against crimes of genocide and crimes against humanity, became essential building blocks in the creation of modern human rights frameworks. This reflects the idea that “the law is a double-edged sword, capable of both protecting and destroying, depending on how it is used.”
As East West Street eloquently demonstrates, the concept of law as both the “guardian of civilization and the instrument of its ultimate destruction” resonates deeply. This dichotomy points to the fragility of legal systems that can be used either to promote justice or to entrench injustice. As history reveals, laws have been exploited to perpetuate oppression, marginalizing groups based on race, religion, and social status. In contrast, when wielded by individuals with integrity and a commitment to justice—like Lauterpacht—law becomes a powerful tool for advancing human rights and upholding dignity.

While legal frameworks are critical to establishing justice, the power of art to imprint justice on society is equally significant. Here, the International Print Exchange Program (IPEP) plays a vital role in expanding the reach of social justice through the medium of printmaking. In reflecting on IPEP’s mission, the lyrics of the song Wake Up Everybody by Harold Melvin and the Blue Notes echo as relevant today as in 1975: “The world won’t get no better if we just let it be, The world won’t get no better, We gotta change it, Just you and me.” Now more than ever, we are reminded of the importance of working against racism, police brutality, poverty, food insecurity, health disparities, marginalisation , and other injustices. The pursuit of justice is as relentless as it is vital, and as injustices never rest, neither can we.

IPEP’s dedication to advancing justice through art mirrors Lauterpacht’s legacy in international law. Printmaking, with its unique reproducibility, allows artists to amplify voices and broadcast messages that advocate for social, political, and environmental justice. IPEP artists have embraced this capacity, addressing critical issues such as racial inequality, gender rights, environmental degradation, and human displacement. Through their intricate and evocative prints, they use art to address the global issues that impact our shared humanity. Their work not only challenges complacency but also fosters dialogue, emphasizing that art can serve as a potent catalyst for social change.

Understanding history, as Sands suggests, is vital to shaping a more just future. Without learning from the past, we risk repeating mistakes and failing to evolve. The painful experiences of war and systemic injustices illuminate the consequences of misused power, urging us to recognize justice as an ongoing, dynamic process. A quote from East West Street captures this sentiment well: “Justice is not a static concept, but a dynamic process that requires constant vigilance and effort.” This ideal aligns closely with IPEP’s approach, as each print they create transcends mere artistic expression, serving instead as a visual narrative that compels us to confront uncomfortable realities and challenge the status quo. Through their art, IPEP artists embody the belief that justice is a continuous journey, requiring dedication and advocacy to uphold principles of equality and accountability.

IPEP’s artists, by transforming both individual and shared experiences of injustice into potent visual statements, spark essential conversations that transcend borders and cultures. In doing so, they echo Martin Luther King Jr.’s observation that “Injustice anywhere is a threat to justice everywhere. We are caught in an inescapable network of mutuality, tied in a single garment of destiny.” Each print brings to life the complex interconnections of our collective struggles, urging viewers to reflect on their roles in the global quest for equity and accountability. Their work not only portrays injustice but demands accountability, emphasizing that art—like law—has the potential to serve as both shield and challenge.

The ongoing legacy of IPEP’s printmaking over the past decade is a testament to artistic excellence and profound social engagement. These artists have left an imprint on society that endures beyond paper and ink, ensuring that their messages resonate within the broader human landscape. Through their commitment, IPEP artists honor a legacy of resilience, advocating for a world where justice is accessible to all. They remind us that art, like law, when guided by integrity and compassion, can indeed be a force for good—a legacy that compels us to uphold the inherent dignity of all people.

In closing, both the legal contributions of figures like Lauterpacht and the artistic endeavors of IPEP reveal that justice is not merely a concept, but a journey requiring the vigilance and effort of each generation. By integrating art and activism, IPEP artists bring justice into focus, challenging us to question the systems that surround us. Through their enduring work, they call upon us all to join them in this pursuit, leaving a lasting imprint on our collective conscience to amplify the urgency and relevance of the call for justice, making IMPRINTING JUSTICE a powerful rallying cry for action, I’ve quoted song lyrics like “Wake Up Everybody” by Harold Melvin and the Blue Notes, & referencing Martin Luther King’s speech…..

Uma semente foi plantada na terra da imaginação

Michel Cassir, França/Líbano
Poeta, Tradutor,
Diretor – Levée d’ancre
Escritor, IPEP Índia 2024

Mesmo quando a morte te assombra, que a luz seja lembrada.
– Ayyappa Paniker

O sopro de luz impregnou a cultura indiana por milênios, atravessando mitos, fatos, o abismo e o tremor da vida. Religião, ciência e artes se uniram para dar sentido à existência na Terra, cercada pelo infinito. Esse frágil equilíbrio, uma tentativa de equilibrar as forças do mal e do bem, abriu o campo da justiça entre os seres vivos. Muitas coisas aconteceram desde então, em particular a modernidade com sua parcela de brilho, miséria e mecanização. Na era atual de novos dramas, absurdos e esperanças, a preocupação e a percepção estão no cerne da nossa sobrevivência e da nossa alegria de viver. A arte, frequentemente considerada uma espécie de luxo em um mundo de pura necessidade, é obviamente uma arma inestimável.

Sinto-me profundamente honrado em contribuir para a desafiadora e inspiradora edição do IPEP 2024 “Imprinting justice”, um evento com horizonte internacional e impacto regional. Saad Ghosn, seu curador este ano, é um renomado artista e promotor de artes visuais e poesia. Saad vem explorando, há algum tempo, em sua cidade natal, Cincinnati, EUA, e em todo o mundo, a essência da arte como portadora de um significado integral, da estética à consciência social. Ele o faz com um leitmotiv, um fio condutor, insistente: paz na Terra, aliada à justiça. Aqui, novamente, há um equilíbrio sutil que nos ajuda a sobreviver e a celebrar a harmonia entre a humanidade, a natureza circundante e o universo.

Este ano, mais de quarenta artistas compartilharam conosco sua visão por meio de suas gravuras de diversas técnicas. São, em sua maioria, da Índia, Brasil, México, EUA, República Tcheca, Noruega, Paquistão, Filipinas e Nepal. Um turbilhão de culturas, conhecimentos e reflexões, todos tentando abordar um lado ou outro da justiça, bem como as múltiplas fontes de injustiça. Eles destacaram, ao mesmo tempo, o inimigo óbvio em nossas sociedades modernas/tradicionais e aqueles em nossas próprias mentes, cegados pela propaganda enganosa, medos, inveja ou sede de lucro. No entanto, não se esqueceram da maquinaria de guerra que constitui uma forma enorme e lucrativa de explorar os povos, principalmente os pobres.

Voltando à própria arte, que é inspiração, criação e libertação de asas e cores interiores, seria possível utilizá-la para ampliar o sentido de alteridade e de partilha, mantendo o respeito recíproco? Salvo notáveis exceções, uma obra de arte não é um manifesto político; pode possuir,
no entanto, o poder de iluminar a realidade, de libertá-la de demônios reais ou artificiais que bloqueiam nossas almas e que limitam nossa capacidade de oferecer beleza, amor e um ambiente empático. O poeta francês Arthur Rimbaud afirmou que a poesia não era
apenas música, mas que visava mudar a vida, conferindo-lhe uma missão revolucionária.

A reivindicação por mais justiça é evidente na maioria das gravuras incluídas no IPEP Índia 2024. Elas exibem um amplo panorama de visões e conceitos, abordando questões ambientais, direitos das mulheres, imigração, colonialismo, isolamento social, falta de educação, tradições opressivas, etc. Em cada caso, a força da obra de arte proporciona emoção, reflexão e aberturas. Pessoalmente, fiquei profundamente comovido com o que vi e conectei-me profundamente com os desenhos poderosos e com o que suas imagens evocavam: devaneios, sofrimento, dissolução de demônios… Todos eles proporcionaram o que o poeta francês Paul Eluard quis dizer quando disse “donner à voir”, ou seja, dar para ver, a obra de arte se tornando uma janela aberta para o imaginário e para uma vida melhor. A utilidade da arte é inquestionável e seu poder ilimitado. Diante da guerra, da injustiça e de interesses corruptos, a arte está à espreita e pode ser “subversiva”; pode acender a tocha na escuridão e fazer a alma do homem comum dançar.

Também fiquei impressionado com as declarações que os artistas gravadores escreveram para acompanhar seus trabalhos. Seus comentários sobre a injustiça deram à sua “impressão” as formas e sombras da lucidez, iluminando sua luta por sua causa. Era sua maneira de também canalizar nossa atenção para além do visível, encorajando-nos a seguir seu caminho. Um dos artistas comentou em particular sobre os deuses indianos e mexicanos, guardiões da humanidade e combatentes da injustiça. De fato, a mitologia, a arte e os sonhos sempre buscaram reparar as falhas humanas. Do passado ao presente, e para o futuro, a arte proporcionou e continuará a proporcionar um alento amplificado e muito necessário nesse sentido.
O IPEP Índia 2024, reunindo tantas visões inovadoras, certamente será uma grande contribuição à arte para um mundo mais brilhante!

A seed has been sown in the land of imagination

Michel Cassir, France/ Lebanon
Poet, Translator,
Director – Levée d’ancre
Writer, IPEP India 2024

Even when death haunts you, let light be remembered.
– Ayyappa Paniker

The breath of light has impregnated the Indian culture for millenaries, crossing myths, facts, the abyss and tremor of life. Religion, science and the arts joined together in giving meaning to existence on earth, surrounded by infinity. This fragile equilibrium, an attempt to balance evil and right forces, opened the field of justice among living beings. So many things happened since then, in particular modernity with its share of brightness, misery, and mechanization. In the present era of new drama, non-sense and hope, concern and insight are at the heart of our survival and of our joy of living. Art, often considered a kind of luxury in a world of crude necessity, is obviously an invaluable weapon.

I am deeply honoured to contribute to the challenging and inspiring edition of IPEP 2024 “ImPrinting justice”, an event with both an international horizon and a regional impact. Saad Ghosn, its curator this year, is a well-known artist and promotor of visual art & poetry. Saad has been exploring, now for a while, in his own city, Cincinnati, USA, and across the world, the essence of art as a carrier of an integral meaning, from aesthetics to social consciousness. He does it with an insistent leitmotiv: peace on earth, linked to justice. Here again, there is a subtle balance helping us survive and celebrate the harmony between humankind, the surrounding nature and the universe.

This year more than forty artists shared with us their vision through their prints of various techniques. They are mostly from India, Brazil, Mexico, USA, Czech Republic, Norway, Pakistan, Philippines and Nepal. A whirlwind of cultures, know-how and reflections, all trying to address one side or the other of justice, also the multiple sources of injustice. They highlighted at the same time the obvious enemy in our modern/traditional societies, and the ones in our own minds blinded by false propaganda, fears, envy or hunger for profit. They did not though forget the war machinery that constitutes an enormous and profitable way to exploit peoples, mostly the poor ones.

Returning to art itself, which is inspiration, creation, and liberation of interior wings and colours, would it be possible to use it to amplify the sense of otherness and of sharing, maintaining reciprocal respect? Save for notable exceptions, a piece of art is not a political manifesto; it can possess, however, the power of illuminating reality, of freeing it from real or assembled demons that block our souls and that limit our capacity to offer beauty, love and an empathic surrounding. The French poet, Arthur Rimbaud, claimed that poetry was not only music, but that it aimed at changing life, giving it a revolutionary mission. The claim for more justice is evident in most of the prints included in IPEP India 2024.

They display a large panorama of visions and concepts, addressing environmental issues, women rights, immigration, colonialism, social isolation, lack of education, oppressive traditions, etc. In each instance, the strength of the piece of art provides emotion, thinking and openings. I personally was deeply moved by what I saw and resonated strongly with the powerful drawings and with what their images evoked: daydreams, suffering, dissolution of demons… They all provided what the French poet Paul Eluard meant when he said “donner à voir”, i.e. to give to see, the artwork becoming an open window to the imaginary and to a better life. The usefulness of art is unquestionable and its power unlimited. In the face of war, injustice and corrupt interests, art is on the lookout and can be “subversive”; it can light the torch in the darkness and make the common man’s soul dance. I was also impressed by the statements that the artist printmakers wrote to accompany their work.

Their comments on injustice gave to their “imPrinting” the shapes and shadows of lucidity, enlightening their struggle for their cause. It was their way to also channel our attention beyond the visible, encouraging us to follow their path. One of the artists commented in particular on Indian and Mexican gods, keepers of humanity and fighters against injustice. In fact, mythology, art and dreams have always aimed at repairing human failings.

From the past to the present, and for the future, art has and will continue to provide an amplified and much needed breath in this respect. IPEP India 2024, gathering so many innovative visions, will surely be a major contribution to art for a brighter word!

Confira a programação das atividades educativas

Visita Mediada e Bate-papo com artistas

Data: 12/11 (quarta)
Horário: 19h às 20h e 30min
Local: espaço expositivo Levino Fânzeres, Centro Cultural Sesc Glória.
Classificação: Livre
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Criando travessias: educação e arte em contexto popular, com Julia Duran e Verilucy Brito

Data: 26/11 (quarta)
Horário: 19h às 21h
Local: Sala da Palavra, Centro Cultural Sesc Glória
Classificação: Livre
Acessibilidade: Interprete de LIBRAS
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Introdução à Gravura: Carimbos e frotagem, com Dimas de Sant’Anna

Data: 06/12
Horário: 14h às 18h
Local: Atividade externa com concentração no Ateliê de Artes Visuais
Nível de dificuldade e público alvo: Iniciante. A partir de 10 anos, desde que acompanhados de responsável.

🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Introdução à Gravura em Metal, com Carolina Lima

Data: 13/12
Horário: 9h30 às 12h30
Nível de dificuldade e público alvo: Iniciante. Crianças acompanhadas por responsáveis.
Classificação: Livre
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Introdução à Gravura: Serigrafia, com Eric Scarpel

Data: 10/01
Horário 14h às 18h
Nível de dificuldade e público alvo: Complexo. A partir de 14 anos, acompanhados
Classificação: 14 anos
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Introdução a técnicas de gravura: Cianotipia, com Ester Almeida

Data: 17/01
Horário 14h às 18h
Nível de dificuldade e público alvo: Intermediário. Todos os públicos, prioridade para educadores
Classificação: Livre
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Palestra Criando travessias: (a definir)

Data: 21/01
Horário: 19h às 21h
Local: Sala da Palavra, Centro Cultural Sesc Glória
Classificação: Livre
Acessibilidade: Interprete de LIBRAS
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Visita Mediada e Bate-papo com artistas

Data: 29/01
Horário: 19h às 20h e 30min
Local: espaço expositivo Levino Fânzeres, Centro Cultural Sesc Glória
Classificação: Livre
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria

Introdução à Gravura: Borracha, com Sara Gomes

Data: 07/02
Horário 14h às 18h
Nível de dificuldade e público alvo: Intermediário. A partir de 14 anos, desde que acompanhados de responsável (manuseio de material perfurocortante)
Classificação: 14 anos
🔗 Inscrições: https://lets.events/organizer/sescgloria